


Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces plenas de carinhos!
Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...
Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu amor pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos...

Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos
Como um divino vinho de Falerno!
Poisando em ti o meu amor eterno
Como poisam as folhas sobre os lagos...
Os meus sonhos agora são mais vagos...
O teu olhar em mim, hoje, é mais terno...
E a Vida já não é o rubro inferno
Todo fantasmas tristes e pressagos!
A vida, meu Amor, quer vivê-la!
Na mesma taça erguida em tuas mãos,
Bocas unidas hemos de bebê-la!
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...









No silêncio de cinzas do meu
Ser Agita-se uma sombra de cipreste,
É uma sombra triste que ando a ler,
No livro cheio de mágoa que me deste!
Estranho livro aquele igual a mim!
Cheira a mortos a rir e a cantar…
É dum branco sinistro de jasmim.
Que só me dá vontade de chorar!
Parece que folheio toda a minh´alma!
O livro que me deste, em mim salma
As orações que choro e rio e canto!
Poeta igual a mim, ai quem me dera
Dizer que tu dizes!
Quem soubera Velar a minha Dor desse teu manto!
Trocando olhares

Chama-te o mundo alegre.
Ai, meu amor,
Só eu inda li bem nessa alegria!…
Também parece alegre a triste cor
Do sol, à tarde, ao despedir-se o dia!…
És triste; eu sei.
Toda suavidade
Tão roxa, como é roxa uma saudade
É a tua alma, amor, cheia de mágoa.
Eu sei que és triste, sei.
O meu olhar
Descobriu o segredo, que a cantar
Repoisa nos teus olhos rasos d’água!…
Trocando olhares - 06/06/1916

Esperas...
Não digas adeus, ó sombra amiga, Abranda mais o ritmo dos teus passos; Sente o perfume da paixão antiga, Dos nossos bons e cândidos abraços! Sou a dona dos místicos cansaços, A fantástica e estranha rapariga Que um dia ficou presa nos teus braços… Não vás ainda embora, ó sombra amiga! Teu amor fez de mim um lago triste: Quantas ondas a rir que não lhe ouviste, Quanta canção de ondinas lá no fundo! Espera… espera… ó minha sombra amada… Vê que p’ra além de mim já não há nada E nunca mais me encontras neste mundo!… (in Antologia de Poetas Alentejanos)
Vaidade
A um grande poeta de Portugal
Sonho que sou a Poetisa eleita, Aquela que diz tudo e tudo sabe, Que tem a inspiração pura e perfeita, Que reúne num verso a imensidade ! Sonho que um verso meu tem claridade Para encher todo o mundo ! E que deleita Mesmo aqueles que morrem de saudade ! Mesmo os de alma profunda e insatisfeita ! Sonho que sou Alguém cá neste mundo ... Aquela de saber vasto e profundo, Aos pés de quem a Terra anda curvada ! E quando mais no céu eu vou sonhando, E quando mais no alto ando voando, Acordo do meu sonho ... E não sou nada! ... Livro de mágoas (1919)

Por essa vida fora hás-de adorar Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca, Em infinito anseio hás de beijar Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca!
Hás de guardar em cofre perfumado Cabelos d´ouro e risos de mulher, Muito beijo d´amor apaixonado; E não te lembrarás de mim sequer…
Hás de tecer uns sonhos delicados… Hão de por muitos olhos magoados, Os teus olhos de luz andar imersos!…
Mas nunca encontrarás p´la vida fora, Amor assim como este amor que chora Neste beijo d´amor que são meus versos!…
Trocando olhares - 06/06/1916
A maior Tortura A um grande poeta de Portugal Na vida, para mim, não há deleite. Ando a chorar convulsa noite e dia ... E não tenho uma sombra fugidia Onde poise a cabeça, onde me deite ! E nem flor de lilás tenho que enfeite A minha atroz, imensa nostalgia ! ... A minha pobre Mãe tão branca e fria Deu-me a beber a Mágoa no seu leite ! Poeta, eu sou um cardo desprezado, A urze que se pisa sob os pés. Sou, como tu, um riso desgraçado ! Mas a minha tortura inda é maior: Não ser poeta assim como tu és Para gritar num verso a minha Dor ! ...


Versos de orgulho
O mundo quer-me mal porque ninguém Tem asas como eu tenho! Porque Deus Me fez nascer Princesa entre plebeus Numa torre de orgulho e de desdém!
Porque o meu Reino fica para Além! Porque trago no olhar os vastos céus, E os oiros e os clarões são todos meus! Porque Eu sou Eu e porque Eu sou Alguém!
O mundo! O que é o mundo, ó meu amor?! O jardim dos meus versos todo em flor, A seara dos teus beijos, pão bendito,
Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços... São os teus braços dentro dos meus braços: Via Láctea fechando o Infinito! ...

Mistério Gosto de ti, ó chuva, nos beirados, Dizendo coisas que ninguém entende! Da tua cantilena se desprende Um sonho de magia e de pecados. Dos teus pálidos dedos delicados Uma alada canção palpita e ascende, Frases que a nossa boca não aprende, Murmúrios por caminhos desolados. Pelo meu rosto branco, sempre frio, Fazes passar o lúgubre arrepio Das sensações estranhas, dolorosas… Talvez um dia entenda o teu mistério… Quando, inerte, na paz do cemitério, O meu corpo matar a fome às rosas! ( Antologia de poetas Alentejanos)


Cheguei a meio da vida já cansada De tanto caminhar! Já me perdi! Dum estranho país que nunca vi Sou neste mundo imenso a exilada.
Tanto tenho aprendido e não sei nada. E as torres de marfim que construí Em trágica loucura as destruí Por minhas próprias mãos de malfadada!
Se eu sempre fui assim este Mar-Morto, Mar sem marés, sem vagas e sem porto Onde velas de sonhos se rasgaram.
Caravelas doiradas a bailar... Ai, quem me dera as que eu deitei ao Mar! As que eu lancei à vida, e não voltaram!...

O luar branco, um riso de Jesus, Inunda a minha rua toda inteira, E a Noite é uma flor de laranjeira A sacudir as pétalas de luz…
O luar é uma lenda de balada Das que avozinhas contam à lareira, E a Noite é uma flor de laranjeira Que jaz na minha rua desfolhada…
O luar vem cansado, vem de longe, Vem casar-se co´a Terra, a feiticeira Que enlouqueceu d´amor o pobre monge…
O luar empalidece de cansado… E a noite é uma flor de laranjeira A perfumar o místico noivado!…
Trocando olhares - 30/04/1917
Ando perdida nestes sonhos verdes De ter nascido e não saber quem sou, Ando ceguinha a tatear paredes E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago… E a minha alma cega, ao abandono Faz-me lembrar o nenúfar dum lago ´Stendendo as asas brancas cor do sonho…
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo E não ver nada nesse mar sem fundo, Poetas meus irmãos, que triste sorte!…
E chamam-nos a nós Iluminados! Pobres cegos sem culpas, sem pecados, A sofrer pelos outros té à morte!
Trocando olhares - 24/04/1917

Meu coração da cor dos rubros vinhos Rasga a mortalha do meu peito brando E vai fugindo, e tonto vai andando A perder-se nas brumas dos caminhos.
Meu coração o místico profeta, O paladino audaz da desventura, Que sonha ser um santo e um poeta, Vai procurar o Paço da Ventura…
Meu coração não chega lá decerto… Não conhece o caminho nem o trilho, Nem há memória desse sítio incerto…
Eu tecerei uns sonhos irreais… Como essa mãe que viu partir o filho, Como esse filho que não voltou mais!
Trocando olhares - 23/04/1917

Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal Não tem a lividez sinistra da montanha Quando a noite a inunda dum manto sem igual De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha Oculta no seu seio de lividez fatal! Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões Como no gelo frio do cume da montanha Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…
Assim quando eu te falo alegre, friamente, Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!
Trocando olhares - 04/05/1916

Ter um sonho, um sonho lindo, Noite branda de luar, Que se sonhasse a sorrir… Que se sonhasse a chorar…
Ter um sonho, que nos fosse A vida, a luz, o alento, Que a sonhar beijasse doce A nossa boca… um lamento…
Ser pra nós o guia, o norte, Na vida o único trilho; E depois ver vir a morte
Despedaçar esses laços!… …É pior que ter um filho Que nos morresse nos braços!
Trocando olhares - 12/08/1916











Em 7 de Dezembro de 1990, a Biblioteca Municipal passou a chamar-se Biblioteca Municipal Florbela Espanca, poetisa alentejana. nascida em Vila Viçosa, que viveu os últimos anos da sua vida em Matosinhos, onde faleceu aos 36 anos de idade. A Biblioteca possui da escritora uma razoável colecção de documentos, que devem, naturalmente, fazer parte do Fundo Local.
A 9 de Maio de 2005 foi inaugurado o edifício da nova Biblioteca e ”Centro Cultural”, da autoria do arquitecto Alcino Soutinho, passando assim a funcionar neste local a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, a Galeria Municipal e o Arquivo Histórico. A transferência para este espaço permite oferecer aos utilizadores e funcionários da Biblioteca, espaço e condições de fruição dos serviços e de realização de outras actividades, e também de condições de trabalho que já se tinham tornando bastante limitadas no edifício do Palacete de Trevões. Assim, a Biblioteca Florbela Espanca, objectiva a adaptação a uma nova realidade, melhorando os serviços prestados à população e tornando-se o centro de uma rede concelhia, através do projecto de criação de pólos de leitura nas diversas freguesias, compromisso assumido com a assinatura do contrato-programa com o IPLB de apoio a construção e montagem da biblioteca.

Na Enciclopédia Larousse, essa poetisa é definida como «parnasiana, de intenso acento erótico feminino, sem precedentes na Literatura Portuguesa. A sua obra lírica, iniciada em 1919, com o Livro das Mágoas, antecipa em seu meio a emancipação literária da mulher»
A Biblioteca Florbela Espanca integra a rede nacional de leitura pública, e como tal assume os fins e objectivos do Manifesto da UNESCO, documento orientador do papel das bibliotecas desta tipologia:
Florbela Espanca foi uma mulher que esteve a frente de seu tempo.
ResponderExcluirSinto-me honrado em fazer parte da Blogagem Coletiva, obrigado Flor pela iniciativa.
Eu resolvi ir além de postar apenas um poema. Postei 36, e foi difícil de escolher pois sua obra é grandiosa e de excelente qualidade.
Obrigado Florbela!
Valter tudo perfeito mesmo...Parabéns pelo bom gosto.
ResponderExcluirUm abraço querido.
Meu querido amigo,
ResponderExcluirque bela homenagem à nossa poetisa do coração! Amei.
Já postei a minha também, depois se der dê uma passadinha lá pra ver ok? Beijos.
Muito bonita a sua homenagem. Musica belissima a acompanhar uma selecção de poemas da melhor escolha.
ResponderExcluirParabéns.
Abraços
Bom dia, meus queridos!
ResponderExcluirChegamos ao grande dia da Blogagem em homenagem a Florbela Espanca.
Tanto ansiei por este dia, e eis que, por caprichos do acaso, desde sábado estou com problemas sérios de conexão, e hoje estou aqui graças ao PC de uma Lan House... Cheia de vontade de ler os seus posts, que tão carinhosamente estão sendo publicados, mas por hora impossibilitada... A presença do técnico está marcada para hoje às 16.00 h. Espero que tudo volte ao normal para que possa, além de me deliciar com as suas postagens, publicá-las no Interlúdio com Florbela, como uma pequena forma de agradecer pelo carinho de vocês... Conto com a compreensão de todos... Beijos!
Flor ♥
Minha nossa!!!
ResponderExcluirVocê é mesmo fa da Florbela. Que idéia sensacional a sua: um poema dela para cada ano de vida.
Parabéns!
Olá Poeta Valter!
ResponderExcluirComo é magnifico começar o dia saboreando tantas poesias lindas!!!
Ótima seleção de Florbela, estou maravilhada!
Abraços com flores.
Marli
Palavras Rabiscadas
http://mscamp.wordpress.com/
O domínio da Estatística e da Matemática aliado ao conhecimento político e cultural te fazem um economista, logo, seu raciocínio econômico e matemático possibilita uma visão ampla para analisar diferentes vieses e, nesse cenário, nasce “O Poeta”, que revela por meio das palavras a essência das coisas que seus olhos e alma captam, alma essa, lapidada com o espírito de um javali, admirado por ser corajoso, temperamental, ingênuo, cercado por uma aura de mistério permeada com emoções fortes. Como um bom Libriano cultiva uniões, equilíbrio, alegoria, arte e música, quesitos expressos em todo o seu blog.
ResponderExcluirValter Montani, O Poeta, cujo sobrenome, é Sensibilidade, sempre tão elaborada por expressar, divinamente, o conjunto de seus sentimentos e sensações, ao modo como os experimenta, retratada no calor dos seus sentimentos, que aproxima e aconchega. E, por saber que para o “Poeta Sensibilidade” cada escrito é como se fosse um filho, é que podemos compreender que em tais escritos há sentimento, que por sua vez, é o seu mais íntimo, algo que não se pode comunicar, por isso o blog é uma brilhante idéia, visto que você Poeta, busca expressar seus sentimentos poéticos e intuitivos em cada detalhe divulgado. É sempre um deleite, viajar em sua sensação, que informa seus sentidos fundamentados no mundo que você enxerga.
Fica aqui “Poeta Sensibilidade” a minha admiração, pelo modo que você olha para as coisas, como ouve, como pensa, pois bem sei, que cada gesto seu, aqui expresso em seu blog, envolve silêncio, passividade e escuta, que reúne, estabelece pontes e reintegra suas capacidades.
Fraterno abraço,
Angel.
Olá querido Valter...
ResponderExcluirGradiosa homenagem á Poetisa Florbela Espanca... Os 36 Poemas foram maravilhosamente escolhidos... Adorei Amigo!...
Gostava que visses a minha... Escrivi um Soneto dedicado á sua morte...
Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
Florbela Espanca é mais um nome que em vida não obteve reconhecimento merecido e isso é triste, muito triste.
ResponderExcluirCadinho RoCo
Olá meu amigo!
ResponderExcluirUma bela e merecida homenagem à essa poetisa iluminada.
As canções, os poemas e seu blog, tudo de muito bom gosto.
Parabéns amigo.
Ela bem o merece...
Deixo aqui meu abraço de muita luz e paz em seus caminhos.
Beijos amigo.
Regina Coeli.
Nossa, isso é que é homenagem!!!
ResponderExcluir"Florbela é a flor maior da poesia romântica,
é o sofrimento em versos de um soneto
é o amanhecer mais belo de um encanto
é aquela que se perdeu pra se encontrar."
(Lustato)
Adoro Florbela!
Abraços!
Estou muito feliz de poder participar dessa iniciativa. Pouco conhecia de Florbela mas o pouco que conhecia me apaixonei, agora que muito conheço minha paixão maior ficou!
ResponderExcluirVocê realmente está de parabéns, suas escolhas foram perfeitas, suas explicações repletas de informações e bem se sente a sua paixão por tão notável poetisa, quanto mais leio sobre ela mais me apaixono por seu grandioso legado1
Beijos e que Deus te ilumine seu espaço é maravilhoso, voltarei mais!
Agradeço pelas visitas e comentários amigos estou visitando pelo menos os que deixaram comentários para retribuir pois eu tive um problema de conexão. Peço desculpas por não ter respondido antes. e Viva a obra de Florbela!
ResponderExcluirAmigo, isto sim é uma grande postagem. Aproveitei e li alguns dos poemas que não conhecia. Porque não disponho de tempo para ler na integra.
ResponderExcluirUm abraço e uma boa semana
P. S. Deixe-me fazer-lhe uma pergunta. Conhece Alda Lara?
A escolha dos 36 poemas (adorei os 36 poemas, um para cada de vida) foi sensacional. Parabéns!
ResponderExcluirEu tinha visto algumas fotografias da escultura de Florbela, mas não diziam onde era. agora que sei, fiquei com muita vontade de visitar ...
Abraços!
*****
ResponderExcluirValter,
Estou com dificuldades para deixar comentário em seu blog... :(
Insisto, no entanto, para lhe deixar meu carinho e dizer que amei a postagem em homenagem à amada poetisa! Maravilhosa sua forma de demonstrar o amor à querida Florbela!
Também participei com meus blogs. Ontem devido congestionamento não consegui visitar os blogs participantes da Blogagem Coletiva, que foi um sucesso!
Tenha uma ótima semana!
Sintonias do Coração
ETERNOS SONHARES
Coisas da Helô ©
Beijos
*****
Puxa, Valter!
ResponderExcluir36 poemas!!!???
E, destes, os 3 primeiros são os meus preferidos! Bravo!
Isto é o que eu chamo de uma corrente do bem! Como é que se poderia chamar uma iniciativa que enche de poesia a blogosfera? Aqui está uma excelente oportunidade para que todos conheçam um pouco mais sobre a genial Florbela Espanca.
Eis um trecho de "Ser poeta", de Florbela:
"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!"
Parabéns a todos que estão participando!
Sensata Paranóia
Quase um ano depois, amigo, venho aqui deixar meu carinho especial porque essa homenagem tocou-me profundamente. Esse ano, 2009, vamos repetir a dose????
ResponderExcluirTenho sonetos escritos por mim em homenagem a essa maravilhosa e nunca entendida mulher flor das Charnecas!
Poebeijos! Fados Lindos!
Adoro Florbela,
ResponderExcluirnão somente seus poemas me envolvem
bem como
sua historia!
Perfeito.
Volto com certeza pa ler todos!
Bjins entre sonhos e delírios
Estava procurando alguns poemas de Florbela e cheguei até seu blog. Amei o post e os poemas.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e obrigada por disponibilizar esse maravilhoso conteúdo ;)